quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Richard Wagner


Wilhelm Richard Wagner, compositor, maestro, intelectual, ativista político e representante do neo-romantismo alemão, cuja obra influenciou a música ocidental.

Guilhermina Planner
Wagner nasceu em uma família de artistas em 1813 em Leipzig, no leste da Alemanha. Desde criança tomou gosto pelas artes. Além da música, apreciava o teatro e a literatura, artes que o acompanharam por toda a vida. Autoditada, começou a estudar piano e contraponto aos 11 anos.

Era comum encontrá-lo lendo, principalmente Shakespeare. Sabia de cor as obras de Weber e Beethoven. A filosofia também esteve entre suas paixões. Cursou a Faculdade de Música de Leipzig, um dos principais centros musicais da época, mas largou antes de se formar. Foi nesta época que começou a compor as primeiras obras.

Tristão e Isolda
Aos 23 anos, apaixonou-se por Minna, apelido da cantora Guilhermina Planner. Eles chegaram a se casar, mas a união foi conturbada, marcada por infidelidades de ambos os lados. "As suas aflições serão recompensadas com a minha fama", dizia à esposa para fazê-la ficar quieta quando começava a se lamentar. O casamento não durou muito tempo.

Viveu cerca de três anos em Paris e, em 1842, com 29 anos, retornou a Alemanha onde sua ópera "Rienzi" foi encenada.

Lohengrin
Nomeado regente da ópera real, ocupou esse posto até 1849. Escreveu artigos defendendo a revolução alemã de 1848, que fracassou. Fugiu da Alemanha e não pode ver a primeira apresentação de "Lohengrin", feita por Liszt em 1850.

De 1849 a 1852 escreveu obras impressas como "Arte e Revolução", "A Arte do Futuro", "Uma comunicação a meus amigos", e "Opera e Drama", que delineou um novo tipo de teatro musical.

Dirigiu concertos da Filarmônica de Londres em 1855 e viveu em Zurique até 1858. Wagner acreditava na criação de uma música nacional que, baseada nos mitos de origem do povo alemão e na criação da identidade coletiva, fosse capaz de educar e formar um novo homem, uma nova sociedade.

O Anel dos Nibelungos
Abertamente anti-semita, denunciou a "judaização" da arte moderna, conclamando por uma "guerra de libertação". Talvez por isso tenha sido o compositor preferido de Hitler.

Influenciado pela filosofia de Schopenhauer, escreveu "Tristão e Isolda"(1857-59), inspirado no seu perdido amor por Mathilde Wesendonk, que causou sua separação de sua esposa Minna. Devido a esse caso amoroso, trocou Zurique por Veneza.

Em 1859 foi a Paris, e, em 1861, anistiado, retornou à Alemanha e depois viajou para Viena, onde desenvolveu seu trabalho como compositor até 1864, quando teve de fugir para não ser preso, devido a débitos financeiros.

O jovem rei da Bavária
Ludwig II
Chegou sem dinheiro em Stuttgart e quem o ajudou foi Ludwig II, o jovem rei da Bavária, seu grande admirador, que o chamou para viver em Munique. Wagner estava com 51 anos e pelos seis anos seguintes apresentou, com sucesso, suas óperas na capital da Bavária. Porém, novamente ficou endividado, além de tentar imiscuir-se na política do reino e de se tornar amante de uma filha casada de Liszt, que lhe deu três filhos, mesmo antes de se divorciar e casar-se com ele em 1870. O rei decidiu alojá-lo em Triebschen, no lago de Lucerna.

Em 1869, Wagner retomou o projeto da tetralogia "O Anel dos Nibelungos". Convencido de que precisaria de um teatro especial para apresentar aquela obra, Wagner concebeu o Teatro Bayreuth, na Bavária, com o apoio do rei. O teatro foi inaugurado em 1876, com a apresentação do "O anel dos Nibelungos".

Parsifal: sua última obra
O "Templo da Arte Erudita", teatro criado por Wagner para apresentar suas obras, além de contar com a ajuda financeira do rei Ludwig II, da Baviera, também recebeu auxílio do kaiser Guilherme, de inúmeras sociedades que se dedicavam ao compositor, iclusive do imperador do Brasil, D. Pedro II.

Além de ser um dos mais eruditos e cultos monarcas da época e de ser um "mecenas" da arte, Pedro II era um grande admirador da obra de Wagner. Ele até chegou a cogitar a possibilidade de construir no Brasil um teatro nos mesmos moldes. Certa vez, o compositor enviou uma carta, um livro e algumas obras ao imperador que em retribuição convidou-o para uma visita ao Brasil, mas a viagem nunca foi realizada. Dom Pedro II desejava muito que Carlos Gomes fosse estudar música na Alemanha. No entanto, Gomes preferiu a Itália, terra de Verdi.

Pedro II: 
admirador  e mecenas

Nos últimos anos de vida, Wagner adquiriu o hábito de ir passar todos os invernos na Itália; pois sempre detestou o frio .

Em setembro de 1882 ele deixou Bayreuth pela última vez e foi para Veneza com a mulher e os filhos. Durante esses anos compôs seu último trabalho, o drama "Parsifal".

Ditou para a esposa sua autobiografia, falecendo subitamente de um ataque cardíaco em seus braços, cercado pelos filhos, em Veneza no dia 13 de fevereiro de 1883.

De acordo com a interpretação de Wagner  para a lenda popular o Santo Graal
fornece ao Cavaleiro do Cisne de Lohengrin, poderes místicos que só
podem ser mantidos se sua natureza permanecer em segredo, justificando
o perigo da quebra do tabu nas perguntas sobre seu nome e sua origem.




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