quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Friedrich Schiller


Johann Christoph Friedrich Schiller, filho de um oficial do exército de Württemberg e de Elizabeth Dorothea Kodweiss nasceu em 10 de novembro de 1759 em Marbaché, Württemberg e é um dos mais originais representantes da literatura tedesca do século XVIII.

Ao lado de Goethe
torna-se ícone do
Romantismo 
alemão
Johann Friedrich Von Schiller estudou medicina na Academia Militar de Stuttgart, mas foi um entusiasmado leitor de Klopstock, Rousseau e Shakespeare. Não agüentando a ferrenha disciplina militar, Schiller fugiu de Stuttgart.

Sua primeira peça, Os bandoleiros, data de 1781, publicada sob um pseudônimo e representada em Mannheim. Depois, tornou-se, durante algum tempo, dramaturgo do teatro dessa cidade, mas acabou se fixando em Weimar, a partir de 1787.

Dom Carlos
Tornou-se professor da Universidade de Jena em 1789. E em 1794 começou sua amizade com Goethe.

Os bandoleiros manifesta uma revolta juvenil, quase anarquista - e, até hoje, influencia a mocidade alemã. Em outra peça, A conspiração do Fiesco em Gênova, pretende ser uma tragédia republicana, enquanto Intriga e amor, de 1748, é a melhor de sua fase inicial, um ataque violento (com uma história sentimental de amor infeliz no centro) contra o absolutismo monárquico e contra os preconceitos aristocráticos.

Anos depois, em 1787, Schiller mudaria de estilo e de pensamento: Dom Carlos é uma tragédia histórica em versos, e Posa (um dos personagens), o porta-voz do liberalismo do dramaturgo, já exige apenas a liberdade de pensamento.

O personagem Posa:  
porta-voz do liberalismo

A moderação das convicções políticas de Schiller foi aprofundada pelas experiências decepcionantes da Revolução Francesa e pelo estudo da filosofia de Kant. Aliás, nos ensaios sobre o encanto e a dignidade e na poesia ingênua e sentimental ele completa em pontos importantes a estética de Kant.

A obra-prima de Schiller é a trilogia histórica Wallenstein, de 1800, a maior peça da dramaturgia alemã. A importância da obra foi logo reconhecida pelos contemporâneos de Schiller: foi traduzida para o francês por Benjamin Constant - e para o inglês por Coleridge .

Wallenstein
Em sua peça Maria Stuart, de 1801, Schiller introduz um duelo filosófico sobre a liberdade moral e a estética. As duas personagens principais, Maria e a Rainha Isabel, representam cada uma delas. Em Maria, a natureza é representada pela culpa e o pecado. Renunciando a estes sentimentos, renuncia-se à natureza alcançando a liberdade moral. Em Isabel, esta natureza a ser renunciada é a qualidade humana que julga inestimável e que lhe falta: a beleza. Em vão ela procura um substituto para ela, tal como poder, para que possa preencher o ideal de harmonia.

Helena Modjeska, em 1886,  
na peça Maria Stuart
Guilherme Tell, de 1804, é a mais famosa de todas as peças de Schiller: dramatiza a luta vitoriosa dos suíços, na Idade Média, contra a tirania e pela liberdade, e é espécie de peça nacional, na Suíça e na Alemanha.

Schiller foi idolatrado durante um século na Alemanha - e depois execrado por todos os movimentos literários modernos. No entanto, ainda que Heinrich Von Kleist seja superior a Schiller, este último supera todos os outros dramaturgos alemães e muitos estrangeiros pela segurança da construção cênica e pelo efeito infalível das suas obras no palco.

Guilherme Tell
O liberalismo muito moderado de Schiller agradou à tímida burguesia alemã do século IXX, mas experiências modernas demonstram que as obras de Schiller ainda hoje podem ser encenadas, provocando entusiasmo revolucionário.

Schiller ocupa um lugar de primeira ordem na evolução da literatura alemã, pois de nenhum outro autor entraram tão numerosas citações e alusões na linguagem coloquial.

Faleceu no dia 9 de maio de 1805 em Weimar na Alemanha.

Os Bandoleiros, seu primeiro grande sucesso nos palcos, foi recebida com
entusiasmo pelo público, que identificou no personagem Karl Moor
conflitos como os de Hamlet de Shakespeare e de Lúcifer de Milton.

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