Antoine-François Prévost d'Exiles, mais conhecido como Abade Prévost, nasceu em Hesdin, Artois, França, a 1 de abril de 1697, e morreu em Chantilly, França, a 25 de novembro de 1763.
Manon Lescaut |
Ingressou duas vezes no noviciado da Companhia de Jesus de onde foi expulso em 1721, nos intervalos entre dois alistamentos no exército. A brutalidade da vida militar, contudo, não afinava muito bem com a sua personalidade, e além disso ele tinha aversão à disciplina.
Grieux |
Enfurecidos, os beneditinos obtiveram contra ele uma lettre de cachet (uma ordem real de prisão na França pré-revolucionária) o que o obrigou a fugir para a Inglaterra, onde conseguiu se estabelecer como preceptor da filha de um nobre. Um caso de amor com a mesma o obrigou a refugiar-se nos Países Baixos até 1730.
O encontro |
Também traduziu, entre 1742 e 1755, três romances de Samuel Richardson. Utilizando o mesmo estilo desse autor, escreveu romances sentimentais e eróticos, publicando-os nos sete volumes da coletânea Memórias e Aventuras de um Cavalheiro, Memóires et Aventures d'un Homme de Quafité, 1728-1831.
Esses romances têm pouco valor literário, com excessão de História do Cavalheiro Des Grieux e de Manon Lescaut Histoire du Chevalier Des Grieux et de Manon Lescautl, sétimo volume das Memórias, publicado em 1731. Manon Lescaut é o romance que garante a Prévost seu lugar na história da literatura universal.
O degredo para a América |
Por defender a tese de que o amor vence qualquer barreira de ordem ética, e por seu clima misto de devassidão e de candura, o livro foi queimado em praça pública pelas autoridades, que nele viam um atentado aos bons costumes. Proibido na França, mesmo assim cópias pirateadas do romance entraram no país, garantindo a fama do Abade.
A morte de Manon |
Cartaz da ópera de Giacomo Puccini de 1893 |
O Abade Prévost morreu subitamente durante um passeio perto de sua casa, provavelmente de um ataque cardíaco, de apoplexia, ou do rompimento de um aneurisma. Seu corpo só foi encontrado dias depois, daí a incerteza na data da sua
morte.
Quando adolescente, eu li "Manon Lescaut". Fiquei maravilhada. Logo, o que eu não entendo é por que o cinema não se interessou por esta oba... ainda!
ResponderExcluir